terça-feira, 18 de março de 2014

João Gilberto sofre derrota para EMI em disputa por matrizes de álbuns

Vou reabrir os trabalhos desse blog com uma postagem sobre essa disputa do João Gilberto com a EMI.

Acho bizarro o autor das músicas não ter direito sobre elas. Quem fica com tudo (a maior parte do lucro e com as fitas do trabalho que o artista realizou) é a gravadora. Cada contrato bizarro que é feito para favorecer a gravadora e não o artista, que deveria ser o foco principal.

A disputa judicial entre o compositor João Gilberto e a gravadora EMI ganhou um novo capítulo.

Em sentença proferida nesta segunda (17), o juiz da 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Sergio Wajzenberg, decidiu a favor da EMI sobre a posse das fitas masters dos álbuns "Chega de Saudade", "O Amor, o Sorriso e a Flor", "João Gilberto" e do compacto em vinil "João Gilberto".

Segundo a decisão, os objetos em questão "foram contratualmente adquiridos pela gravadora". Fita master é a matriz de um disco de vinil que dá origem à produção das cópias.

O juiz manteve, porém, a decisão liminar anterior que concedia a posse das fitas ao músico. Isso significa que João Gilberto não tem de devolver as masters ainda, até que o processo não aceite mais recursos.

"A decisão foi equivocada. Vamos recorrer", diz Rafael Pimenta, advogado do compositor. Procurados, os advogados da EMI não foram localizados pela reportagem.

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